O legal disto, é que a freqüência é minha, portanto, eu a ajusto da maneira como quero.
Foi sugerido por um leitor, que o próximo tema escrito fosse o natal. Desculpe amigo, mas é impossível escrever sobre uma coisa tão importante que nasce, quando o que se sente está morto.
Lembro-me como se fosse hoje daquela madrugada estranha...Algo acontecera e ela sabia disso. Seu telefone havia tocado a noite inteira com milhões de reclamações e discussões. Ela não estava em sua casa, por isso, a única coisa que podia e necessitava fazer, era projetar uma imagem da qual não a pertencia. Músicas horríveis e surpresas cada vez piores. Porém algumas pessoas ao seu redor. Redor no sentido de pertencer semanticamente ao seu lado, e não verdadeiramente. Sua vontade era de dormir mais do que a cama. E foi isso que fez. Ela e outra pessoa, na verdade, essa segurando sua mão. Lágrimas não lhe saiam mais, como o de costume. Era inebriante já, algo rotineiro e mesmo que quisesse, não conseguia soltá-las. Ela adormecera, mas ouvia os passos das pessoas daquela casa, a múrmura conversa que acontecia dentro dos cômodos. O café fora servido, assim como o sol que insistia em não deixá-la fechar os olhos sem o incômodo daqueles feixes de luz. Junto com a manhã que nascia, o aviso fora dado.
" Você perdeu uma das pessoas mais importantes da sua vida"
E ela teima até hoje em recordar-se dessa estória. Porque junto dela, vários de seus "karmas e dna's" foram colocados juntos daquele enterro. Coisas fúteis, desnecessárias, pessoas maldosas e despreocupadas com o sofrimento alheio iam sendo abaixadas na corda, junto ao caixão que era colocado cuidadosamente naquela cova.
A esperança vinha junto com a terra que era jogada em cima. Ou seja, essa terra, era a camada que ela ainda insistiria em cultivar, antes que cavassem o seu mais profundo possível outra vez.
A esperança vinha junto com a terra que era jogada em cima. Ou seja, essa terra, era a camada que ela ainda insistiria em cultivar, antes que cavassem o seu mais profundo possível outra vez.
Mas o incrível é que o desfecho da história é sempre o mesmo. Insistem e persistem em fazê-la abrir essa cova e atirar mais sentimentos para serem enterrados.
E assim, ela o fez. Pediu permissão para o coveiro, assim como quando outra pessoa precisa ser colocada no mesmo túmulo, e colocou mais coisas que eram necessárias serem atiradas lá. Sem cordas, sem cuidados e sem rosas. Do jeito que ela quisera mesmo...Dessa vez sem terra e sem esperanças, apenas de um jeito cômodo como um mecanismo de defesa, ou talvez, de um modo confortavelmente entorpecido.
E assim, ela o fez. Pediu permissão para o coveiro, assim como quando outra pessoa precisa ser colocada no mesmo túmulo, e colocou mais coisas que eram necessárias serem atiradas lá. Sem cordas, sem cuidados e sem rosas. Do jeito que ela quisera mesmo...Dessa vez sem terra e sem esperanças, apenas de um jeito cômodo como um mecanismo de defesa, ou talvez, de um modo confortavelmente entorpecido.
"...mas é impossível escrever sobre uma coisa tão importante que nasce, quando o que se sente está morto". Quando li essa parte, pensei logo "vem texto forte aí". E, de fato, texto forte, texto bom.
ResponderExcluirÀs vezes perder pode nos trazer coisas boas, como a capacidade de nos livrarmos do que nos faz mal.
(Ah, esses dias eu estava mesmo pensando em colocar meu nome nas fotos, criar uma espécie de marca d'água, mas sempre enrolo; vou tentar providenciar isso p/ as próximas fotos que eu publicar. E obrigada pelo carinho lá no blog)
Beijo
ai sim hein Elo... puta texto massa!
ResponderExcluir"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas". Maravilhosa frase, mas que só é verdadeira graças a um acontecimento. Nasceu um dia alguém que tornou, através de sua vida, morte e ressurreição, os sentimentos verdadeiros ETERNOS, e esse dia passou a ser chamado NATAL. Por isso as pessoas estão ao nosso lado por que cativamos ou fomos cativados, TODAS sem exceção, ainda que não pareça, e isso será eterno.
ResponderExcluirOs trabalhos acadêmicos me fizeram enterrar alguns sentimentos preciosos, o da Amizade. Mas cabe a mim desenterrar esses sentimentos, mudando atitudes, idéias e buscando reconciliações. Essa é umas das partes da minha vida em que vejo que deixei sentimentos serem enterrados, mas eles são eternos porque são verdadeiros.
E assim deve ser com sentimentos de amizade, amor, carinho. Todos esses juntos formam as uniões familiares.
E assim a vida nos ensina a buscar os sentimentos, que ainda que sufocados muitas vezes, serão eternos se forem verdadeiros; sentimentos não morrem. E que o Natal se transforme em um começo para cada pessoa que precisa renovar seus sentimentos.
By OK
Tenho tentado ver as "perdas" como ganho de paz. As perdas metafóricas, claro.
ResponderExcluirÓtimo post, moça, gostei.
Um beijo.
Achei triste e ao mesmo tempo tempo muito lindo. Obrigada pela presença no meu blog.
ResponderExcluirUm beijooO*
Triste e belo. Nos dias de hoje, quem não anda hora e outra entorpecido?
ResponderExcluirLindo, lindo.
Beijo!
Nossa! Sem palavras... seu texto caiu para mim como uma luva. As pessoas se cobram muito em serem felizes o tempo todo, mas é impossível ser feliz o tempo todo e sinceramente queria enterrar muitas coisas. Como faz? Preciso muito dessa receita, é horrível see recordar de coisas daas quais não deseja, o cérebro tem dessas artimanhas. Odeio isso!
ResponderExcluirE MUITO obrigada pelo apoio, carinho e incentivo! Quando vejo pessoas tão incríveis como vc interessadas em meu trabalho e aí que tenho mais estímulo <3
Volte sempre querida, beeeeeeeeeijos
Vai muito além,
ResponderExcluirBjkas