Ao abrir meus olhos empoeirados tento ver com esforço algo ao meu redor. Arrisco-me em levantar, mesmo percebendo que essa atitude é desnecessária, visto que a única coisa restante, é uma dor inexplicável dentro de mim. Não há nada em volta, nada em que eu queira realmente estar. A visão era de apenas alguns cartazes de resistência militar.
Vou traçando meu caminho com a finalidade de encontrar socorro. Encontro um pequeno menino mudo. Irônico ou não, é ele quem mostra-me o trajeto. Assim como um "cego do castelo", vou tentando encontrar meus propósitos.
O menino leva-me para um lugar sombrio, estranho e repleto de pessoas sujas e maltrapilhas. De repente, percebo que ninguém pode falar. Porém os gestos e as escritas no chão gritam por eles. Vestígios que escancaram que suas origens eram de uma pequena vila no oeste de Michigan. Por que estariam lá? Eram reféns, sabiam demais, logo, suas línguas foram arrancadas.
Seus recursos eram precários, porém, solidariedade era algo que lhe pulsavam nos olhos, isso eu podia sentir! Cuidaram dos meus ferimentos, me alimentaram e velaram meu sono. O pequeno menino, meu pequeno guia, escrevia no chão com pedaços de carvão negro..." Juntos nós resistimos, separados nós caímos! "
Passadas frações de segundos, meus olhos abrem-se sobre a cadeira de balanço. Abaixo a arma que carregava e a única coisa que me vem na mente é a frase do garoto. Refleti sobre essa, e hoje...a única coisa que me questiono, é a realidade deste. Sonho ou uma visão? Independente.
A fé dos maltrapilhos salvou a vida de um desesperado.
Por: Andrew Casarini
Abençoados aqueles que encontramos no caminho, e que à sua maneira, nos salvam, nos guiam, nos fortalecem,
ResponderExcluirAnjos? Talvez!
Olá!Bom dia/tarde/noite...a fé, como sempre foi determinante!Belo blog e texto!
ResponderExcluirBoa quarta!
Perfeito!
ResponderExcluirO melhor, que eu já li
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