quarta-feira, 7 de março de 2012

;)

Foi-se o tempo em que criticar, questionar e expressar-se eram sinônimo de bravura, coragem e pensamentos elaborados. Sábio Raul Seixas... Já dizia ele que “pra fazer sucesso, tanto social quando musical, todo mundo tem que reclamar”. Poupe-nos. O facebook consegue concretizar melhor a minha ideia. Curtir um tipo x de música, compartilhar y coisas e comentar z outras, te torna para o público, uma pessoa culta [ou não]. 
Venho pegando aversão a esse tipo de posts que aparecem na minha timeline.  Expressando a minha opinião (e se alguém concordar ou não, os comentários são livres exatamente para isso) sem querer utilizar-me de verdades absolutas : Por favor, lembrem-se que, copiar e colar frases do pensador, compartilhar músicas críticas de um estilo que não tem nada a ver com o seu [apenas por compartilhar] e usar a linguagem para se aparecer, te tornam um hipócrita. Somente isso... e não alguém foda, culto e sábio como pensam...CURTIU?

SEM GENERALIZAÇÃO, que fique bem claro. 

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Simples de coração ;

Quando se sentava lá, era impossível não sentir a onda inebriante de nostalgia que a cercava.  O primeiro lugar em que seu olho pairava, sem qualquer esforço, era a enorme árvore que havia em sua frente.  O que lhe chamava a atenção, não eram suas folhas compridas, seu caule grande e forte, muito menos a altura que chegara. O olhar dela era facilmente atraído para a raiz, onde metaforicamente e literalmente, ela ajudara a edificar. O tempo era de ociosidade, portanto, sentar-se embaixo dela fazia a menina sentir-se em paz,  já que, um de seus maiores ensinamentos foram transmitidos por aquela base. Base essa que seu pai e sua mãe, cuidadosamente construíram.  Dessa maneira, quando seus bracinhos eram pequenos, andar tentando alcançar o céu era seu objetivo e a franjinha insistia em cair sobre o olho, à menina obteve uma experiência, que obviamente me fez a compreendê-la melhor...
Naquela época, grama dava lugar a enorme árvore... Uma vegetação escura, não tão verde como as outras. Espaços contínuos entre elas, e muitos brinquedos atirados em cima. Mas o que realmente prendia os olhos da pequena, não eram os brinquedos.
Havia um homem lá. Aquele homem fazia uma ação contínua, aprofundando-se cada vez mais.  Ela chegava mais perto no intuito de saber o que estava acontecendo.  Um buraco estava sendo cavado.  Alguns instrumentos davam auxílio ao homem. Antes que ela perguntasse, ele fora explicando algumas coisas para a menina.  Pegou-a cuidadosamente em seus finos bracinhos e levou-lhes, na mente dela, muito perto do céu.
Ela sentia-se segura, protegida e livre como um pássaro.  Porém, naquele momento, ele a coloca cuidadosamente dentro do buraco.  Inevitável sua carinha de medo e insegurança, até porque, olhar o mundo lá de baixo, era algo que ela ainda não conhecia.  O conforto veio de algumas das palavras que ela jamais se esquecera... ” Filha,  aqui plantaremos uma árvore!  Planta essa, que você está tendo a oportunidade de permanecer  no seu lugar principal. A raiz, a base, seu apoio. Semearemos essa semente...  “Princípios”  que ela acaba de receber.”
Após dizer isso, retirou a pequena do lugar onde estava e a colocou ao seu lado. Como dito, com cuidado coloca a semente da planta.  Incentivando-a, o homem pega um punhado grande de terra e as atira em cima do “plantio”. Ao ver isso, rapidamente as mãos grossas e pesadas recebem a  ajuda da pequenina.
Trabalho feito, o homem inicia outro diálogo. “ A nossa parte, já foi realizada. Depositamos nesta planta, toda a expectativa de crescimento e frutificação possível!  Agora, se seu caule crescerá, renderá folhas verdinhas e bons frutos, não é de nosso conhecimento.
Esperaremos apenas que ela se lembre de sua base...de seu apoio e de sua raiz. Como plantamos bons frutos, com certeza os colheremos...e eu espero de coração, que quando ela estiver bem grande, você possa realmente comparar-se a ela...”
Passados quinze anos, a árvore cresceu e a menina também. Hoje o que vejo, é uma moça sentada em baixo dela, com um sentimento de saudade e de certeza de que seus valores, princípios e ensinamentos recebidos são os mesmos que os daquela raiz.

E Ela sabe...eu sei que sabe, que apesar de qualquer vento que insista em entortar seu caule, ele permanecerá no lugar, buscando apenas um lugar estratégico e diferente em cada tempestade para subir com suas folhas.  Rumo ao infinito, porque aquele grande homem e inexplicável mulher que a colocaram nessa vida, eram as pessoas mais importantes dela  e a ensinaram buscar isso. Dessa forma, a semente já havia sido lançada e semeada junto de todo o amor que poderia haver nesse mundo. Portanto, a menina, moça ou mulher... não os decepcionaria nessa...eu sei que não ;)

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Coletâneas de "insights"





O relatar é algo que vem se tornando cada vez mais frequente em minha vida. Digo isso, principalmente quando leio meus textos, ao pensar comigo, creio eu, que não demonstro um dos meus rótulos mais escancarados por aí.
O futuro não me preocupa aqui. Acho isso tão irônico!!!! Irônico quando a definição do " mal do século" e da doença momentânea "da galera" é a ansiedade. O sofrer, esperar e ansiar por algo que ainda não aconteceu.
Engraçado, não?  Muito mesmo! Engraçado quando rotas não são alteradas por isso. E eu relaciono isso, não só com os textos! ALGUÉM ENTENDE? Metáforas, sabe?
É como se precisasse provar pra todo mundo, mesmo não precisando provar nada pra ninguém, que talvez, existam outras patologias, outros males! O nostálgico fica evidente, o que foi...o que era, quanta preocupação com um tempo idealizado chamado passado. E por favor, desentendidos, ou argumentadores de plantão, não me venham com doenças emocionais patológicas e afins, porque já me sinto farta!!! Ah moça..e não se esqueça também da importantíssima "linha" da sociedade! Se ela couber, faça o IMENSO  favor de levá-la junto????????
Obrigada !


Insônia, dificuldade de respirar e saco cheio da programação da globo, me deixam assim.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Hey you?

      



 Ao abrir meus olhos empoeirados tento ver com esforço algo ao meu redor. Arrisco-me em levantar, mesmo percebendo que essa atitude é desnecessária, visto que a única coisa restante, é uma dor inexplicável dentro de mim. Não há nada em volta, nada em que eu queira realmente estar. A visão era de apenas alguns cartazes de resistência militar.
      Vou traçando meu caminho com a finalidade de encontrar socorro. Encontro um pequeno menino mudo. Irônico ou não, é ele quem mostra-me o trajeto. Assim como um "cego do castelo", vou tentando encontrar meus propósitos.
      O menino leva-me para um lugar sombrio, estranho e repleto de pessoas sujas e maltrapilhas. De repente, percebo que ninguém pode falar. Porém os gestos e as escritas no chão gritam por eles. Vestígios que escancaram que suas origens eram de uma pequena vila no oeste de Michigan. Por que estariam lá? Eram reféns, sabiam demais, logo, suas línguas foram arrancadas. 
Seus recursos eram precários, porém, solidariedade era algo que lhe pulsavam nos olhos, isso eu podia sentir!  Cuidaram dos meus ferimentos, me alimentaram e velaram meu sono. O pequeno menino, meu pequeno guia, escrevia no chão com pedaços de carvão negro..." Juntos nós resistimos, separados nós caímos! " 
Passadas frações de segundos, meus olhos abrem-se sobre a cadeira de balanço. Abaixo a arma que carregava e a única coisa que me vem na mente é a frase do garoto. Refleti sobre essa, e hoje...a única coisa que me questiono, é a realidade deste. Sonho ou uma visão? Independente.
A fé dos maltrapilhos salvou a vida de um desesperado.

Por: Andrew Casarini


 

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

A estrada vai além do que se vê.





       O legal disto, é que a freqüência é minha, portanto, eu a ajusto da maneira como quero. 
Foi sugerido por um leitor, que o próximo tema escrito fosse o natal. Desculpe amigo, mas é impossível escrever sobre uma coisa tão importante que nasce, quando o que se sente está morto.

 Lembro-me como se fosse hoje daquela madrugada estranha...Algo acontecera e ela sabia disso. Seu telefone havia tocado a noite inteira com milhões de reclamações e discussões. Ela não estava em sua casa, por isso, a única coisa que podia e necessitava fazer, era projetar uma imagem da qual não a pertencia. Músicas horríveis e surpresas cada vez piores. Porém algumas pessoas ao seu redor. Redor no sentido de pertencer semanticamente ao seu lado, e não verdadeiramente. Sua vontade era de dormir mais do que a cama. E foi isso que fez. Ela e outra pessoa, na verdade, essa segurando sua mão. Lágrimas não lhe saiam mais, como o de costume. Era inebriante já, algo rotineiro e mesmo que quisesse, não conseguia soltá-las. Ela adormecera, mas ouvia os passos das pessoas daquela casa, a múrmura conversa que acontecia dentro dos cômodos. O café fora servido, assim como o sol que insistia em não deixá-la fechar os olhos sem o incômodo daqueles feixes de luz. Junto com a manhã que nascia, o aviso fora dado. 
" Você perdeu uma das pessoas mais importantes da sua vida"

E ela teima até hoje em recordar-se dessa estória. Porque junto dela, vários de seus "karmas e dna's" foram colocados juntos daquele enterro. Coisas fúteis, desnecessárias, pessoas maldosas e despreocupadas com o sofrimento alheio iam sendo abaixadas na corda, junto ao caixão que era colocado cuidadosamente naquela cova. 
        A esperança vinha junto com a terra que era jogada em cima. Ou seja, essa terra, era a camada que ela ainda insistiria em cultivar, antes que cavassem o seu mais profundo possível outra vez. 
        Mas o incrível é que o desfecho da história é sempre o mesmo. Insistem e persistem em fazê-la abrir essa cova e atirar mais sentimentos para serem enterrados.
       E assim, ela o fez. Pediu permissão para o coveiro, assim como quando outra pessoa precisa ser colocada no mesmo túmulo, e colocou mais coisas que eram necessárias serem atiradas lá. Sem cordas, sem cuidados e sem rosas. Do jeito que ela quisera mesmo...Dessa vez sem terra e sem esperanças, apenas de um jeito cômodo como um mecanismo de defesa, ou talvez, de um modo confortavelmente entorpecido. 





quinta-feira, 10 de novembro de 2011

cohaerentia ∞




Chega de presunção na redoma de vidro! Presunção minha talvez, por escrever isso.
"a juventude é uma banda numa propaganda de refrigerantes" chega também dessa influência Gessingeriana, mas acho que é inevitável, assim como o Lobo da Estepe segue seu curso, solitário, complexo e incontestável até então, eu sigo o meu.
As épocas são sempre perfeitas, 
preferimos e precisamos concordar,
é porque assim o flagelo pode ser evitável e a estabilidade dá lugar a comodidade
atirando longe qualquer que seja a vontade de lutar. 
É isso, acho que o dia de trabalho foi cansativo,
desconheço porque o produto final é algo em que não preciso pensar
afinal, eles fazem isso por mim, é mais fácil, é mais cômodo,
estúpida escravização mental
Chega de assonância ou de aliteração, aliterar-se vou, no meu cômodo preferido...a minha também, como todo presunçoso e hipócrita, redoma de vidro, e desculpem-me caso haja algum leitor a procurar coesão ou coerência num texto como este, mas meu caro, eu as procuro há tempos, mas por fim de qualquer dúvida e reclamação, se a vires por aí, já sabes onde me encontrar. 

terça-feira, 8 de novembro de 2011

" The Passenger "

      



      Engraçado como a vida é um ciclo, e a tendência deste é passar tão rápido quanto ela. (pouco redundante não? Pois é, ciclo este que se define como todo e qualquer acontecimento que se repete com uma determinada ordem, evolução ou qualquer outra progressão que insista em voltar a acontecer.
Mão entrelaçando os cabelos me avisando que a hora era a de dormir. Posição dos pés na sacada, demonstrando-me preocupação. O fato de sua simplicidade ser vista como a mais importante. Tempo gasto com fatores irrelevantes, músicas analisadas, frases ditas, e coisas que jamais seriam compreendidas por qualquer que seja o leitor do texto...acho que é porque falo de carinho e companheirismo incondicional, e não somente deste "amor" de homem e mulher, que quase sempre, é a unica coisa que inspira outras pessoas a escreverem.
      Quando minha mãe insistia em dizer que "colhemos o que plantamos" raramente concordava com o provérbio, bem como quando afirmava que "aprendemos no amor, ou na dor, sem exceção". Hoje vejo o quão sábia ela é e me culpo muitas vezes por não ter feito muito mais coisas boas no pretérito imperfeito pra poder apanhar agora. Porém, todo momento chega e eu certamente tenho certeza de que esta é a hora certa de assistir e acompanhar uma das pessoas que mais me ajudou, a colher o que plantara. Porque... desta vez, é assim que acontecerá.
E qual a relação com o dito ciclo do início?
A certeza que fica;
      Aquela de que tudo que fazes, é seu e vem pra ti, assim como um carteiro que vai sempre insistir em voltar a bater em sua porta, e entregar-lhe o que te pertences.
E eu mais do que nunca, percebo, como já dito, que agora é o momento! Caminho tortuoso, demorado e exigente, porém a última coisa que deixarei... é que você abras mão dele. Porque afinal, continuamos eu e você na contra mão do mundo, não é mesmo? Mundo esse, que apesar de conformado e com vários "walls" ainda existem pessoas assim... como você.










:)